terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Publicidades: boas ou más??

Embora a criatividade não tenha limites, nem todas as publicidades com que somos "bombardeados" diariamente nos atingem do melhor modo!

Serão todas boas publicidades??





Existem outras publicidades que apesar de chamarem a atenção e de mostrarem muita criatividade, do ponto de vista ético não serão muito correctas dado que se servem explicitamente de marcas concorrentes para apresentarem o seu produto.


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Afinal, são tudo estratégias...

Podemos observar, em toda a publicidade que nos rodeia que a industria alimentar serve-se de estratégias variadas para comunicar com o público sobre os seus produtos alimentares, estratégias essas que tem, certamente, um objectivo comum: o consumo desses produtos. De entre estes formatos, destaquemos três importantes:
- dar a conhecer os produtos alimentares, mostrando porque são bons e quais as suas características;
- fazer com que a população aja sobre eles, isto é, encaminhar a pessoa a prová-los, a querer saber mais sobre eles;
- provocar prazer no sujeito que os consome, fazer com que passe a gostar de um determinado produto, ou então, que passe a gostar mais ainda.

E para que a publicidade atinja “em cheio” o seu alvo, além de cumprir os três formatos, deverá ainda, ser clara e conter apenas a informação necessária, ser quantificada e realista, comunicar apenas o que o produto realmente é.
De facto, não se trata nada mais do que estratégias de marketing, que surgem em resposta às necessidades e interesses do público que se pretende atingir.

O site da Coca-Cola será, então, um óptimo meio para atingir o público jovem: um site animado, com música e movimento, oferta de bilhetes para concertos, informações sobre desporto e bem no centro a publicidade ao mais recente produto, a coca cola zero, que, certamente, quem consome Coca-Cola terá curiosidade em experimentar e querer saber mais sobre o “zero açúcares”.

Apoiar, contestar ou ser imparcial?

Ao falarmos sobre nutrição e alimentação, atribuímos ao nutricionista o papel de comunicar todo o resultado de uma pesquisa, de um estudo, de testes, do conhecimento científico. É certo, então, que terá de seleccionar e filtrar esse conhecimento e escolher a forma mais correcta para o transmitir, de acordo com o seu público alvo, ensinando-o e orientando-o para uma correcta conduta alimentar.
Vivemos actualmente numa sociedade em que tudo é influenciado por factores sociais, culturais e económicos em que um modelo ideal, será, por isso, a conjugação destes três factores e claro, a nutrição não é excepção.
Tudo aquilo que nos é publicitado, que nos é comunicado, que nos incentivam a consumir porque é “cientificamente provado” tem por trás, certamente, outros interesses.
É então, aqui, que o nutricionista intervém, apoiando ou não, o que a ciência prova, acabando por influenciar o seu contributo sobre a população. Talvez, o ideal seria que mantivesse uma posição neutra e imparcial, mas o seu dever será, na realidade, promover uma alimentação saudável para a população, independentemente dos interesses económicos, culturais e sociais que se encontram por detrás das grandes marcas que divulgam os seus produtos.


Será que um nutricionista aconcelha as crianças a consumir, por exemplo, Chocapic da Nestlé ao pequeno almoço? Sim, tratam-se de cereais matinais com grãos integrais, mas e a restante constituição do alimento que não é referida na publicidade? Será saudável para as crianças?

Certamente, que para a marca Luso, é muito importante a referência da Sociedade Portuguesa de Nutricionistas no final do anúncio, ao recomendar um estilo de vida saudável, anunciando o seu produto.




segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Comunicação sobre os alimentos: correntes estruturalista e funcionalista

Quando falamos de comunicação sobre alimentação, podemos distinguir duas correntes fundamentais: a corrente estruturalista e a corrente funcionalista.
Segundo a corrente estruturalista, os hábitos alimentares têm por base um conceito social, em que são valorizadas as características culturais e sociais dos consumidores dos alimentos.



Por sua vez, a corrente funcionalista tem como objectivo alertar o público para as funções nutricionais dos alimentos, bem como para os seus benefícios, traduzindo uma relação de causa - efeito no que respeita aos hábitos aliementares.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Porque será que se comunica tanto sobre alimentação?


Todos assistimos cada vez mais a uma necessidade e um dever em comunicar sobre alimentação. E porque!? As respostas são tantas e surgem de todos os lados.
Já dizia a minha avó que “a falar é que a gente se entende!”. E já ela me dizia também que tudo o que é excesso faz mal à saúde e que tudo o que trazia da horta, que semeava, tratava e colhia fazia bem à saúde! Os pais, os avós e todos os familiares assumem um importante papel enquanto comunicadores, na medida em que se sentem na responsabilidade de transmitir às novas gerações o que é bom ou mau, o que é saudável e o que faz mal, apresentando-lhes razões e argumentos que os levem a fazer as suas escolhas. Esta comunicação dentro da família poderá ser positiva na medida em que se verificando um controlo no consumo de alimentos, valorizando o que é saudável e que faz bem, ou então, negativa, verificando-se um consumo excessivo de alimentos, passando a ideia de uma alimentação incorrecta.
Verifica-se, assim, uma necessidade em comunicar sobre alimentação, também nas escolas, bem como numa consulta médica, quando o médico chama a atenção do paciente para a dieta.
Quanto ao governo, até esse tem marcado a sua posição no que diz respeito à obesidade: as mensagens não têm ficado muito longe da nossa vista e parecem ser cada vez mais. Ou será que ninguém reparou no enorme outdoor com uma maça, para promover uma alimentação saudável, com vista a minimizar a obesidade? Mas haverá algum interesse por parte dos dirigentes do governo em promover uma alimentação saudável e minimizar esta doença? Até que ponto isso poderá reduzir os custos que o governo tem que suportar no tratamento dos cidadãos obesos? E claro, não falemos apenas em questões de conveniência, pois o factor saúde é, também bastante importante.
É, ainda, através da publicidade que os produtos nos são “comunicados”, apresentados como bons para a saúde, como fonte de prazer, como preventivos de determinadas doenças,... Cabe, assim, ao consumidor ponderar e fazer a sua escolha.
Assim sendo, as razões que nos levam a comunicar sobre alimentação são variadíssimas, tornando esta comunicação, mais do que numa necessidade, num dever!!!